Sensualidade

sexta-feira, 31 de agosto de 2018


 
É mais sensual uma mulher vestida do que uma mulher despida.
A sensualidade é o intervalo entre a luva e o começo da manga.

António Lobo Antunes
 
 
Seja feliz,

O Complexo do Principezinho (Jacques-Antoine Malarewicz)

terça-feira, 28 de agosto de 2018


«O Complexo do Principezinho», do psiquiatra e psicoterapeuta Jacques-Antoine Malarewicz, é um livro de leitura obrigatória para a compreensão mais plena de uma das fases de desenvolvimento mais assombrada e temida: a adolescência.
 
Foi Aristóteles quem disse que a dúvida é o princípio da sabedoria. Quando a criança atinge esse novo estádio de desenvolvimento, desde a pré-puberdade, à puberdade em si mesma, são muitas as alterações físicas e psicológicas a serem integradas. Como uma sombra repentina, a criança cujos pais sempre idealizou, surge agora crescida e dona de um nariz empinado, com a razão debaixo do braço, com um mundo de questões que deseja, por mão própria, tocar respostas.
 
A dúvida está, portanto, intimamente ligada à fase da adolescência. São as questões sobre o mundo, é o pensamento que modifica e desenvolve, são as questões abstratas que não parecem encontrar lugar, são os pais que nunca entendem o rol emaranhado de emoções, são os amigos fiéis, vestidos na mesma moda e que proclamam, em paralelo, uma autonomia e autenticidade que nunca joga com as peças todas. Esse conceito de identidade é, igualmente, uma das conquistas mais almejadas, traduzindo-se inúmeras vezes em conflitos familiares gigantes.
 
Nos tempos atuais, essa conquista pela autonomia, reconhecida como uma das tarefas essenciais a alcançar na fase da adolescência, vem arreigada com uma série de dificuldades acrescidas para os pais, para a família em geral. Se, por si só, falamos de uma fase de desenvolvimento delicada, os tempos atuais fazem-nos questionar sobre a dificuldade acrescida em lidar, educar e orientar adolescentes que se parecem com pequenos príncipes.
 
Não é novo quando falamos em adolescentes difíceis. Em comportamentos desviantes. Em exigências incompreensíveis. É precisamente nesse ambiente de dúvida que o autor aponta dedos, faz alertas e proporciona estratégias, práticas e de reflexão, na relação com os nossos pequenos príncipes.
 
Dessa forma, o leitor terá a oportunidade de refletir sobre um conjunto de temas cuidadosamente selecionado para uma compreensão mais plena desta fase, entre eles, questões relacionadas com as consequências psicológicas do culto da juventude assumido pela sociedade de hoje; a confusão entre gerações, os pais amigos e fixes; a alegada violência exercida por pais sem frisar o comportamento prepotente e com tendência à vitimização dos filhos adolescentes, entre outras questões fundamentais nesta que é, por excelência, a fase de desenvolvimento mais desafiante, mais difícil e, ainda assim, a mais enriquecedora.
 
 
Rubrica «Livros com Psicologia» #1
 
 
 
Seja feliz,


Alívio

sexta-feira, 24 de agosto de 2018

Fonte: Pinterest
 
Seja leve. Seja feliz.
Bom fim-de-semana
 
  
 

Simples assim

terça-feira, 21 de agosto de 2018

Seja feliz,

Eléctrico 28 (Davide Cali e Magali Le Huche)

segunda-feira, 20 de agosto de 2018


Hoje falo-vos do «Eléctrico 28», do autor Davide Cali, com ilustrações de Magali Le Huche. São muitas as coisas que acontecem neste elétrico, conduzido pelo simpático senhor Amadeo.
Ao longo dos seus muitos anos enquanto motorista, Amadeo percebe os casais apaixonados que se sentam, todas as manhãs, para mais uma viagem.
Falamos de apaixonados tímidos, muito tímidos, e será na magia do eléctrico e nas manobras especiais de Amadeo que o amor acontecerá. Através de  uma curva mais apertada ou uma travagem brusca, beijos roubados acontecem, bochechas que ficam vermelhas, a revelar amores escondidos. Abraços esperados. Sorrisos, enfim, entregues a quem de direito.
Mas e Amadeo? Como será o homem que através das suas manobras especiais faz o amor acontecer? Vamos saber, mais tarde, caro leitor, que esta será a sua última viagem, o seu último dia de trabalho. Está só, triste, um pouco desamparado. E agora? Poderá Amadeo, também, encontrar o amor da sua vida?
Leia e descubra o final de uma história muito ternurenta, onde o amor é conduzido aos lugares comuns, aqueles lugares onde todos nós desejamos ficar para sempre.




Seja feliz,


Com o apoio,
 
 
 

O clichê de Terça-feira

terça-feira, 14 de agosto de 2018






Seja feliz,

Um circo que passa (Patrick Modiano)

sábado, 11 de agosto de 2018


Lembro-me da minha avó me dizer, tantas vezes, olha que os cães ladram e a caravana passa. Deixa lá isso, olha em frente. Eles ladram e a caravana passa.
Também nesta história de Patrick Modiano tudo passa. Por muito que se questione, grite ou ladre. Tudo passa num destino comum de duas personagens: o encontro em primeira linha com o amor. Jean, rapaz novo e perdido, Giséle, mulher conhecedora das artimanhas da vida, ambos, desejam encontrar o destino certo do amor. Do amor derradeiro, sem subterfúgios, mentiras ou esquemas ardilosos que os empurram em direções inesperadas.
Decorrido nos anos 60, nas ruas sombrias de Paris, «Um circo que passa», mostra-nos esse cenário de mistério, de obscuridade, e depois, esse amor ansiado.
 
Para o leitor mais impaciente, serão os momentos de desânimo a prevalecer. Tal acontecerá porque Patrick Modiano decide contar muito, com muito pouco. São pouco mais de 100 páginas de uma intriga que seduz, que nos agarra, que nos espera lá à frente para descobrirmos, então, um quase nada gritante.
 
Quem foi Giséle? O que traziam as malas que cautelosamente carregava? O que move Jean a seguir os passos de uma desconhecida, sem qualquer arnês? Quem são os homens que cospem tarefas perigosas num tom de voz que os hipnotiza?
 
E poderíamos continuar a questionar, sem parar. Como os cães, que ladram, e a caravana passa.
É assim neste circo. Questionemos, para se saber no que não se diz.
Resta-nos essa busca de um amor perdido. No final, é só isso que conta.
 
 
 
 
Seja feliz,

A solução

quarta-feira, 8 de agosto de 2018


 
Tenha um bom dia na mesma.
O chocolate é sempre a desculpa ideal, seja lá o que for!
 

Se eu fosse tua (Meredith Russo)

domingo, 5 de agosto de 2018



«Se eu fosse tua», de Meredith Russo, é um livro parcialmente autobiográfico e fala-nos de Amanda, outrora um rapaz. Este livro chapa-nos na cara o dilema vivido por pessoas transgénero.
Ao mais comum mortal talvez o assunto lhe passe ao lado, despercebido. A verdade é que é um tema a ponderar por qualquer um de nós, atendendo sobretudo às enormes dificuldades, físicas e psicológicas, que tal processo acarreta. Desde a convicção de que não nascemos na pele certa, ao confronto, à decisão, às implicações médicas e sociais, é um caminho longo e por vezes muito penoso.
 
É com esse tema e suas ramificações que a autora de «Se eu fosse tua» nos confronta, nos agita e nos impele a refletir um pouco mais sobre a diferença e a adversidade de viver num corpo que não se sente como seu.
 
Integrado na faixa etária da adolescência, este pequeno livro pode ser lido por todos que já a ultrapassaram. Amanda personifica a dificuldade de um processo, não apenas médico, sublinhando igualmente a certeza da mudança de género como algo natural.
 
Como será viver no corpo errado?
É através dessa questão e todos os seus impedimentos que a autora nos oferece a história de uma adolescente convicta do que não quer ser, conquistando o seu papel no mundo através de um corpo que, agora e finalmente, sente como seu.
 
Restarão, pois claro, as dificuldades de uma decisão tomada. Também sobre isso a autora nos obriga a refletir para lá do óbvio, um apelo gritante à resiliência e aos sonhos construídos.
Assim seja.
 
 
 
Com o apoio,
 
 
 


Boas leituras,
CopyRight © | Theme Designed By Hello Manhattan