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quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O desinvestimento dos dias de hoje


"Quando um tipo brilhante tenta seduzir uma mulher, esta tem a impressão de entrar em competição. Sente-se obrigada a brilhar também. A não se oferecer sem resistência. Enquanto que a insignificância liberta-a. Livra-a de precauções. Não exige nenhuma presença de espírito. Torna-a despreocupada e, portanto, mais facilmente acessível."
 
Milan Kundera "A Festa da Insignificância"
 
 
Eu diria que acontece precisamente o mesmo na perspetiva de uma mulher brilhante.

3 comentários:

  1. Beatriz5.1.17

    :)
    Se há situações em que homens e mulheres estão em pé de igualdade, está é sem dúvida uma delas.

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  2. Não poderia concordar mais Beatriz!

    (Este livro de Kundera é uma maravilha!)

    Beijinho

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  3. Beatriz6.1.17

    :)
    Entre os 18 e 20 anos + - devorei Kundera. Quando este último livro saiu não houve consenso quanto à qualidade. Que depois de 13 anos parado havia perdido a mão e blábláblá. Não o achei assim tão menor. Acho que é somente o culminar da experiência de um homem/escritor de quase 90 anos que muito viveu e viu (basta pensar na invasão russa da República Checa) e que resolveu falar de temas sérios sem se levar a sério. Mas eu sou uma mera mortal, não uma sumidade de crítica literária :)
    E é tão bom passear por Praga e reconhecer as estátuas e as pontes descritas em alguns dos seus livros.
    "A imortalidade" é soberbo. Mistura personagens fictícias e reais de forma brilhante; "O livro do riso e do esquecimento", " A vida não é aqui", e o seu mais conhecido " A insustentável leveza do ser". Gosto muito, muito.
    (Já iniciei Proust e até agora, sem problemas. Estou a gostar)
    Beijinhos, Denise!

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