Manuela (Philippe Labro)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O espelho reflecte uma ingratidão. Uma imagem que em nada corresponde às imagens das revistas cor-de-rosa. Tão desejadas, tão cobiçadas.
Esta é a história de Manuela, uma adolescente, entre tantas outras. Uma Manuela que não encaixa num Mundo grande e pequeno demais, onde as questões são amplas e as respostas estreitas. Onde nada do que realmente quer se alcança, e o que realmente alcança, não quer assim tanto.
Mas afinal, o tempo passa e têm razão quando dizem que pode transformar. Existem certos momentos, capazes e fortes, que transformam. Ela não fala do corpo, se bem que lhe agrada mais no seguimento dessa sua força de espírito. Vinda não sabe bem de onde. Uma conjugação feliz? Talvez. Amadurecimento de uma maçã? Não sabe explicar. Sabe apenas que nada, antes daquele Verão tão quente para a alma, jamais será igual.


Este é um livro centrado na famosa fase da adolescência. Tão temida por pais e, sejamos francos, pelos próprios adolescentes. Haverá momento na vida em que o nosso coração seja tão colocado à prova, ou melhor, esteja tão verdadeiramente indefeso?

Um livro leve. Bonito. Um comboio em direcção ao tempo da adolescência. Uma saudável regressão.

Ao som de: That's what you get (Paramore)


Sinopse da www.wook.pt: Um romance surpreendente, este, em que uma jovem de 17 anos fala na primeira pessoa, numa voz íntima e fluida que, na simplicidade da sua enunciação, pressupõe um engenho de extraordinária subtileza. É que o seu autor é na realidade um homem a quem a juventude fascina, sobretudo nesta transição entre o que já não é propriamente adolescência nem idade adulta. Manuela é uma rapariga que se encontra no final dos seus estudos secundários (ela está convencida de que vai falhar os exames finais), com um futuro em aberto, com muitas interrogações sobre o mundo dos adultos, que ela olha sem complacência, uma "criança-mulher" descrente das suas qualidades, que se julga pouco interessante e que ainda não entrou numa certa estatística que diz que pelo menos nove décimos das jovens francesas da sua idade já tiveram a primeira experiência sexual... Manuela tem amigas, interroga-as interminavelmente - elas que já entraram na estatísticas, mas é exigente e, porque não admiti-lo?, bastante romântica. Sensível à poesia, à beleza das coisas e dos seres, é uma apaixonada pela pureza das emoções! O autor segue-a através de toda uma estação, desde a Primavera perfumada pelas tuberosas, passando pelas idílicas férias no Mediterrâneo, até à rentrée que para Manuela significará uma escolha já adulta. 

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