Jalan Jalan (Afonso Cruz)

segunda-feira, 12 de março de 2018


 Vamos definir o mais recente livro de Afonso Cruz, «Jalan Jalan», como duas viagens em si mesmo: de dentro para fora, de fora para dentro.

A relevância de uma viagem é inequívoca, nem merece argumentos em contrário. A mochila às costas, os sapatos apropriados, a roupa confortável, o essencial que se torna tudo no quase nada que se leva.

Depois, temos aquilo que a própria jornada nos oferece: o alimento da experiência como antídoto para almas mais agitadas, perdidas e descrentes.

A grande raiz que o leitor retirará deste passeio é, sobretudo, a viagem interior que urge em todos nós. A viagem que Afonso Cruz nos propõe é, precisamente, essa reflexão interior que mais não é do que o confronto com o espelho dos nossos anseios. Anseios esses que, esperemos nós, nos façam saltar para o desconhecido, como a Alice no País das Maravilhas.

«Jalan Jalan» não é, apenas e só, um livro sobre viagens. Dentro dessa grande máxima, o leitor encontrará ramificações belas em que a mitologia, a filosofia, a poesia, o amor, a resiliência e a esperança, assumem o lugar da frente de qualquer carro ou autocarro em que decida, pois então, aventurar-se a viajar para dentro de si mesmo.

Um livro desafiador, «Jalan Jalan», cujo significado é passear em indonésio, levará qualquer leitor ao reencontro da sua consciência, esse lugar feito de sonhos (ainda) por cumprir.


Com o apoio:
 



 
Boa leitura. Boa viagem.

2 comentários:

Carlos Faria disse...

Na passada semana estive com o livro na mão, pensei se o compraria ou não ou se ouviria mais algumas opiniões, fiquei com esta opção.

Denise disse...

Olá Carlos!

Espero que a minha opinião o tenha ajudado a decidir-se, positivamente, pela leitura deste livro. Gostei muito.
Recomendo.

Boas leituras!

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