Autobiografia de Marilyn Monroe (Rafael Reig)

terça-feira, 13 de agosto de 2013


Falar sobre Marilyn Monroe não constitui qualquer surpresa. No entanto, ler esta autobiografia foi um verdadeiro prazer.
Para sempre relembrada como um ícone de beleza e perfeição, através desta autobiografia em jeito de consulta de Psicologia/Psiquiatria, vemos uma Marilyn nua em todo o seu esplendor: os medos, as inseguranças, uma infância estilhaçada, as crenças, os desejos, os receios, as ingenuidades, as loucuras e a ternura de uma mulher que nunca deixou de ser uma menina agarrada à falsa segurança da sua beleza.
 
 
 
"Para mim, o sexo sempre foi algo natural, agradável, belo. E, ainda por cima, é gratuito. É a coisa mais agradável do mundo e é grátis, de maneira que sou partidária de o praticar com frequência. Estamos todos tão sozinhos, precisamos tanto uns dos outros, que me parece que devemos foder quase constantemente, em primeiro lugar pela satisfação que tal produz, e, mesmo que não proporcione prazer, como quase sempre acontece comigo, devemos fazer sexo por uma razão muito mais importante: para nos fazer companhia."
 
 
"É tudo verdade, mas sabe o que é pior?, sabe o eu mais me dói? Que não me tenham amado. Isso é o mais espantoso que nunca ninguém me tenha amado."
 
 
"Curioso: faço parte dos sonhos das pessoas, mas eu própria não consigo dormir. É muito curioso."
 
 
"A moral não está entre as pernas, não se perde debaixo dos lençóis, como se fosse uma moeda ou um brinco, e ninguém ta pode tirar, muito menos à força."
 
 
"É por isso que vocês [homens] falam no acto de possuir uma mulher? Acreditam mesmo que possuem alguma coisa? Acreditam nisso a sério?"
 
 
"Sabe uma coisa? Às vezes acho que as pessoas só pensam em mim daquela maneira: com a saia por cima da cabeça."
 
 
 
Uma mulher que ficará para sempre. Uma infância desde logo destruída. Um caminho sinuoso que, sem dúvida, a levou à fama mas que nem por isso a fez chegar onde queria:
 
 
"A única coisa que quero é que me amem. Só isso. É simples. Não quero que me compreendam. Quero que me amem. Que me amem. É tudo."
 
 
 
 
Ao som de: Leona Lewis "Bleeding Love"

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