Serpentina (Mário Zambujal)

domingo, 29 de novembro de 2015



Em fases menos abonadas de tempo, a frescura e o humor de Mário Zambujal são uma escolha imediata. Nunca desilude, e eu não me canso de o repetir.
Na procura da bela sem senão, esta é a história de Bruno Bracelim, homem pouco forte, muito dado a achaques, desde tenra idade. Mas independentemente disso, estamos perante homem vivaço, que gosta de boas histórias, pois delas vive, vivendo a igual surpresa de, num dia para o outro, se ver enredado dentro de uma, qual filme de aventura!
Entre mulheres sedutoras com pé pesado em estradas que se fazem velozes, sacos de dinheiro que se não deixam encontrar, pessoas que afinal de conhecidas nada tinham, pasme-se o leitor, o pobre do Bruno Bracelim verá a sua vida virada de um avesso difícil de engomar.
Mas a cobiça, essa, em homem que se diz tão direito, faz-se sentir nas horas melhores àqueles em que tal pensamento seria tão impróprio como campainha gritante em horas tardias.
Pois é. Bruno Bracelim também se entusiasma com supostas belas sem senão e o saco de dinheiro que ameaça a sua futilidade, aqui e ali. Volte a pasmar-se, caro leitor, pois a vida mostrar-lhe-á que nas buscas mais infundadas, se encontra tudo menos aquilo que se procura.
A tal beleza, estava ali, afinal. E, aqui entre nós, tudo indica que Bruno Bracelim nunca se vai cansar de para ela olhar. Já alguém assim, um dia, definiu essa tamanha, e tão simples, beleza.
 
Zambujal, fantástico como sempre.
Boas leituras!

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