A ler "Ernestina"

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

"Nos pinhais o cheiro era outro. No vale, outro ainda, porque no fundo onde murmurava o ribeiro crescia a hortelã, a macela, o manjericão, e os seus olores, misturados com o sem-número de perfumes dos pomares e do mato, entonteciam as abelhas que revoavam à nossa volta. Entonteciam-me a mim. Eram a marca do meu paraíso de menino, lugar de harmonia e paz, onde os perigos mais temerosos eram as trovoadas secas e os incêndios. Para o resto havia salvação, com muito pedir a Deus até a morte se podia adiar." p.226/227 

J. Rentes de Carvalho
 

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