A Filha Desaparecida (Jane Shemilt)

domingo, 14 de fevereiro de 2016

 
Por vezes, sou acometida de um interesse repentino por um livro acabado de sair, os ditos bestsellers, que acabaram de cativar meio mundo pela sua história imperdível, incapaz de nos fazer parar de ler, uma história de suspense que não vai querer perder, e por aí.
Esse livro foi «A Filha Desaparecida» de Jane Shemilt.
E eu já deveria, por esta altura, ter aprendido a lição.
Sempre que caio nestes repentinos interesses, é raríssimo correr bem. Com este livro, não foi, infelizmente, exceção.
Pedindo desculpa aos mais sensíveis e ao meio mundo cativado pelo livro que consta no TOP 5 do Sunday Times, este livro, para mim, é uma verdadeira perda de tempo. E isto sou eu a ser simpática.
Gostava de saber quem é que atribuiu a este livro a categoria de Policial, pois de facto era isso que eu procurava. A história não deixa de ser interessante: uma filha desaparece quando nada o fazia prever, talvez um clichê, é certo, mas que aciona a curiosidade de qualquer leitor. No entanto, as linhas orientadoras e a forma como a história vai sendo narrada não me parece inteligente.
Começando pela linha temporal que vai mudando drasticamente e sem qualquer necessidade, até ao discurso (demasiado!) repetitivo de uma mãe amargurada que se sente culpada por não ter dado a devida atenção aos filhos, ocupando-se mais à sua profissão, o livro termina num dos piores fins de "policiais" que já tive oportunidade de ler.
Se a ideia era sublinhar a importância do estar atento aos pormenores, a enfatizar a relevância das pequenas coisas, de que o essencial está nos pormenores e a felicidade familiar depende da atenção diária, que estreia laços, vincula cada um numa espécie de grupo invencível, pois muito bem, seria um policial muito interessante, com uma trama brilhante.
Seria...
 
 
Poderá não querer ler a partir daqui, caso queira, na sua inteira consciência, ler este livro.
Não quero continuar a perder tempo com um livro que, na minha opinião, acusa sérias falhas e não me trouxe nada de prazeroso enquanto leitora. Há, no entanto, um reparo que tenho de deixar aqui: qual é a mãe que após a sua filha desaparecer, consegue transparecer os seus recentes sentimentos de paixão e desejo pelo investigador, após ter descoberto estar a ser traída pelo marido?
 
*                                   * (o meu silêncio de consternação).
 
Gostaria de dizer aqui, perentoriamente, que jamais voltarei a cair num destes interesses repentinos. Mas sei que vai acontecer, e ainda bem, porque acredito que ainda vou ser surpreendida pela positiva. Tenho esperança! (risos).
 
Boas leituras.

4 comentários:

Mafi disse...

Este livro foi uma desilusão, o final é tão parvo! Fiquei muito desiludida. :(

Denise disse...

Mafi :)
Sem dúvida!

Um fim lamentável.

Verovsky disse...

E o final foi ridículo... nem queria acreditar naquilo!

Denise disse...

Olá Verovsky

Obrigada pela visita :)
Se o livro é lamentável, o fim é lamentável a dobrar...

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