A Balada do Café Triste (Carson McCullers)

domingo, 1 de julho de 2012

 

 
Amo-te. E quando é assim, todo o contexto de uma história muda de cor. Surgem sorrisos com som e esse som é doce, como o algodão doce das feiras, onde encaixas na perfeição. Com esses bolsos que carregam sonhos e promessas que fazem tremer os corações mais duros.
O amor continua a ser uma promessa, como a chuva na tua boca, e um sorriso na minha. Todas as cores nas mãos, um mundo que se encolhe na felicidade que apenas os teus olhos reflectem, dos meus. Até ao dia...
E eu amo-te. Até ao dia...
Até ao dia em que não existem reflexos. Não existe qualquer cor transformadora, apenas de um preto e branco, uma balada, um café triste. Vazio. Vazio como a alma negra.
E diria o amor: "Espelho meu, espelho meu, haverá alguém mais belo do que eu?"
Eu apenas diria que o amor, nessa sua beleza contagiante, possui uma quase mágica capacidade de transformar corações, como se fossem de plasticina. Dá-lhes a forma que deseja, com base na promessa de uma balada, nem sempre feliz, mas sempre, sempre, e sempre, tragicamente desejada.
 
 
Sinopse www.wook.pt: Numa pequena povoação no Sul profundo dos Estados Unidos, Carson McCullers dá-nos a conhecer um trio de personagens pouco convencional. Miss Amelia Evans foi casada durante dez dias com Marvin Macy, o homem mais bem-parecido mas com o caráter mais instável da povoação, e desde aí tem estado sozinha à frente do seu próprio destino. Até um dia chegar à terra um anão corcunda que se afirma seu primo, roubando-lhe o coração e transformando a sua loja num café cheio de vida. Mas quando o marido rejeitado regressa ao fim de vários anos, inicia-se um estranho triângulo amoroso - e a vida no café nunca mais voltará a ser a mesma…
 

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