Correu numa direção e o vento soprou noutra. Ele foi precisamente a correr para aquele lado do vento. Nublado. Indeciso e intranquilo. Correu num dia de sol e ele correu para debaixo da chuva porque pareciam cristais de um novembro que muito promete e nada cumpre. Abraçou-o sem querer num outubro indeciso e sem respostas. O vento levou-lhe a intenção e congelou-lhe o abraço num dezembro cheio de neve.
Intenções. Intenções.
As deles foram tudo menos congruentes.
Um calendário desajustado ao sabor de intenções incertas, medrosas, tão desajustadas nos seus tempos. Nos seus ritmos.
Intenções. Que as levem o vento de dezembro. Que as queimem o sol de agosto. Que o tempo a faça desaparecer para o bem dos corações tão enganadoramente bem intencionados.
Denise C. Rolo
Fevereiro 2015
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