«A Casa do Sono», escrito por Jonathan Coe, é um livro capaz de tirar o sono a qualquer um.
Um livro enigmático, bem estruturado, guiado pelas quatro fases do sono, instáveis e indecisas. Puxadas à corrente pelo inconsciente de quem dorme, e de quem sonha.
Também instáveis são as quatros personagens que adornam este peculiar enredo: Sarah confunde os sonhos vívidos com a realidade, não os discernindo no seu dia-a-dia. As consequências são mais complicadas do aquilo que se pode imaginar. Vive coisas garantidas quando, na verdade, nunca chegaram a acontecer. Vive dentro de ilusões que acabam por quase a enlouquecer. Gregory é o seu estranho namorado, com estranhas manias, que ela aceita, antes ele que a iminência da solidão. Terry é um crítico em cinema, pretensioso, que vive para dormir, no intuito de conhecer mais dos seus sonhos, dormindo aproximadamente catorze horas por dia. Depois, temos Robert, de coração gigante, que ama sem limites. Ama Sarah, sem limites.
A propriedade de Ashdown é o local onde tudo acontece nesta história, que se desenvolve entre passado e presente. Nos anos 80 aquela propriedade fora uma residência de estudantes tendo, depois, sido transformada numa casa de saúde especializada em perturbações do sono.
Sob teias de um destino que só ele sabe como dança, estas quatro personagens voltam a encontrar-se e a cruzar as linhas de um passado sonâmbulo, agora, bem acordado num presente, que ainda guarda as mesmas questões do passado.
Um livro absolutamente magistral.
Desde a estrutura narrativa, às personagens e sua enorme densidade psicológica, estamos perante um livro magnífico, a enfatizar temas como a memória - esses puzzles que têm de fazer sentido para se poder seguir em frente - , a identidade, bem como o amor. Tudo numa mistura inconsciente entre realidade e sonho, mas que está sempre lá. A definir quem somos.
Boas leituras!
www.wook.pt: Um enorme edifício no alto de uma falésia, o barulho das vagas, um labirinto de corredores vazios onde o ruído dos passos ecoa… A propriedade de Ashdown abrigou nos anos oitenta uma residência de estudantes: aí encontramos Sarah, que sofre de narcolepsia e não consegue distinguir os sonhos da realidade; o seu namorado, Gregory, que só atinge o orgasmo ao pressionar com os dedos os olhos de Sarah; Terry, um pretensioso crítico de cinema que dorme pelo menos catorze horas por dia e nunca consegue recordar o que sonhou; e Robert, capaz de amar sem limites. Quatro personagens simultaneamente trágicas e hilariantes, capazes de tecer entre si relações extremas que, contudo, não os impedirão de se afastarem.
Doze anos depois, a residência é transformada numa casa de saúde especializada em perturbações do sono. Estranhamente, os ocupantes do edifício voltam a ser os mesmos. Mas nem sempre se lembram dos laços complicados que em tempos ligaram as suas vidas...
Movendo-se entre o passado e o presente, A Casa do Sono é um romance desconcertante, uma estranha e dilacerante história de amor sobre a realidade e o sonho, a memória e a identidade.
Doze anos depois, a residência é transformada numa casa de saúde especializada em perturbações do sono. Estranhamente, os ocupantes do edifício voltam a ser os mesmos. Mas nem sempre se lembram dos laços complicados que em tempos ligaram as suas vidas...
Movendo-se entre o passado e o presente, A Casa do Sono é um romance desconcertante, uma estranha e dilacerante história de amor sobre a realidade e o sonho, a memória e a identidade.
2 comentários:
Olá !
Estive com este livro na mão na feira do livro mas acabei por não o trazer.
Parece uma boa história!
Beijinhos
Olá Isaura :)
Foi pena não o teres comprado... vale muito muito a pena!
Beijinhos e boas leituras
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