Raposas de Fogo (Joyce Carol Oates)

terça-feira, 3 de junho de 2014

Joyce Carol Oates rapidamente integrou o meu pequeno grupo de autores de eleição. A leitura de «Raposas de Fogo» vem reafirmar essa opinião, cada vez mais consistente.
Estamos perante uma história que narra as confissões de um gangue de raparigas na América dos anos 50, numa altura em que as famílias se começam a dissolver e em que a formação desses gangues de adolescentes começa a surgir com maior destaque.
Ao longo do livro o leitor tem a oportunidade de conhecer em profundidade esse gangue de nome «Raposas de Fogo», desde o seu iminente nascimento, aos seus ideais, motivações e, acima de tudo, à líder Legs Sadovsky no centro deste grupo ímpar de raparigas.
É sobre Legs Sadovsky que tudo se constrói e desmorona, simultaneamente. É ela quem cria neste gangue as razões de ser e de estar perante o mundo, sob o olhar atento de raparigas fiéis que a seguem, sem oposição. De coração, destemidas, encaram o mundo e batalham em conjunto na certeza de mudarem algo, para melhor.
Ao longo do livro, e numa espécie de diário, vamos conhecendo as aventuras e desventuras destas raparigas sob a liderança da inesquecível Sadovsky que sente em si a possibilidade de confrontar, destemida, a injustiça social e, sobretudo, esse Inimigo: todos os homens que não respeitam as mulheres.
Um livro feito de sensibilidade e que consegue, ao mesmo tempo, ser rude e provocador num tema complexo como é o comportamento desviante na adolescência.
Mais uma vez, Joyce Carol Oates no seu melhor.
 
 
"Uma história tão poderosa quanto sensível. Um romance sabiamente esculpido."
(Library Journal)
 
 

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