A Condessa (Rebecca Johns)

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Baseado em factos verídicos, esta é a história da Condessa Húngara Erzsébet Bathóry, que após os horrendos, e macabros, assassinatos das suas criadas, ficou drasticamente conhecida como a "Condessa do Sangue".
Para quem desconhece, o início da leitura compra uma ansiedade ao leitor, que ainda guarda uma esperança sobre a condessa, tal é a certeza imaculada quanto à sua inocência, quanto à legitimidade dos seus actos. Actos baseados em (falta de) amor. Amor correspondido, mas não totalmente, não fielmente, não correctamente. Algo que uma condessa não poderá tolerar.
Este é um relato em que é possível sublinhar a necessidade de poder, a sua ostentação e, simultaneamente, a sua impotência. Tudo e nada ter. O poder da condessa, mesmo incontestável, esse tudo poder, não a resguardou daquilo que mais queria: um amor absoluto, dedicado: um amor belo.
Independemente do poder conquistado desde a infância, pelo esforço que só uma personalidade de ferro o alcança, o amor, esse, não dependia das pratas que brilhavam pela casa, nem tão pouco dos terrenos passados em seu nome. Não dependia de nada, de nada que estivesse ao seu alcance, nas suas mãos.
Mulher de poder, ao ver o seu amor diluir-se e transferir-se para o corpo das criadas, essas miseráveis prostitutas, gordas, de olhos baços ou pele gasta, permitiu-lhe ganhar novamente esse poder inflamado de quem não controla o que mais quer.
Agora, novamente com o poder nas mãos, literalmente nas mãos, ceifou as esperanças de ser amada, mas escreveu a sangue o poder de que sempre acreditou ser feita. Mesmo no final.
 
Uma mente construída de acordo com o seu próprio poder. Uma mente doente.
 
Sem sombra de qualquer dúvida, um livro macabro. Um livro perturbante, que retrata a vida daquela que consideram a primeira assassina em série da história. Recomendo.
 
 
www. wook. pt: A bela condessa Erzsébet Báthory nasceu num berço de ouro da aristocracia húngara. Nada faria prever que acabaria os seus dias encarcerada na torre do seu próprio castelo. O seu crime: os macabros assassínios de dezenas de criadas, na sua maioria jovens raparigas torturadas até à morte por desagradarem à sua impiedosa senhora.
Pouco antes de ser isolada para sempre, Erzsébet conta a apaixonante história da sua vida. Ela foi capaz dos mais cruéis actos de tortura mas também do mais apaixonado e intenso amor. Foi mãe, amante, companheira… uma mulher que teve o mundo a seus pés e se transformou num monstro.
Os seus opositores retrataram-na como uma bruxa sanguinária, um retrato que fez dela a mulher mais odiada da História. Erzsébet inspirou Drácula, inscreveu-se na literatura clássica e contemporânea, deu azo a filmes, séries de TV e até jogos de computador.
 


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