Mattias Edvardsson é escritor e professor na Suécia. O seu romance de suspense psicológico, Uma Família Quase Normal,
publicado em mais de 30 línguas, é um grande sucesso de vendas e da
crítica em todos os países onde já foi pulicado. Thriller recomendado
pelo The New York Times. (Fonte: Wook)
«Uma família quase normal» é um daqueles livros em que, à partida, assumimos estar perante mais uma história de suspense em que há um crime, um vilão, um santo mascarado e um final aparentemente previsível. Mas não é este o caso, tornando-se numa história não só surpreendente, ao nível do suspense psicológico, mas também, e sobretudo, pela temática que aborda: a parentalidade.
Se considerarmos a parentalidade como apenas o ato de se ser mãe ou pai, estamos muito longe do peso de tal condição. O autor mostra-nos isso mesmo através de uma história que nos devia fazer pensar no malabarismo que define, realmente, um casal que decidiu ter um filho.
Ao longo do livro conheceremos a família Sandell através dos olhos do pai, Adam (pastor da Igreja da Suécia), da filha Stella e da mãe, Ulrika, advogada de profissão.
A vida desta família ameaça ruir quando Stella, uma adolescente, é detida por suspeita de homicídio. Será nessa sequência que a família, através das observações de cada personagem, é descortinada por aparentes segredos que vão de encontro à máxima de que famílias normais não existem. Perfeitas? Muito menos.
O confronto com uma nova realidade, em que a filha é detida por aparente homicídio de um homem mais velho, é o ponto central da história criada por Mattias Advardsson. É toda uma nova realidade transposta a uma espécie de jogo de cartas, que desmorona inexplicavelmente.
A família é um sistema. E já defende a «teoria sistémica familiar» que se um elemento colapsa, assim como os castelos de cartas, toda a dinâmica familiar sofre um reajuste. É o que acontece, inevitavelmente, perante a notícia de que a nossa filha pode ser uma assassina.
Para lá do suspense psicológico, a história criada pelo autor aborda o conceito de família na sua plenitude. Até onde estão estes pais dispostos a ir pela segurança da sua filha? Até ao fim, independentemente das consequências. O drama familiar é, ao longo da história, muito bem construído e como um som agudo que tende a aumentar, assim aumenta este drama, envolto em surpresas, em segredos e, por fim, o inesperado como solução.
«Uma família quase normal» é um livro em que a família se assume como escudo contra quem ousar ameaçar a paz sombria da casa, a relação problemática inerente à convivência com adolescentes, o medo da perda, o estatuto social e, num plano paralelo, o papel da amizade nesta faixa etária.
Se me pedirem para, numa só frase, descrever a essência deste livro, dir-lhe-ia que mais do que o suspense em torno de um crime e os seus motivos, esta é a história do poder daqueles que se despem de todas as convenções sociais, arriscando tudo, em prol de um legado capaz de derrubar toda e qualquer barreira. Um legado chamado família.
«Uma família quase normal» é um livro em que a família se assume como escudo contra quem ousar ameaçar a paz sombria da casa, a relação problemática inerente à convivência com adolescentes, o medo da perda, o estatuto social e, num plano paralelo, o papel da amizade nesta faixa etária.
Se me pedirem para, numa só frase, descrever a essência deste livro, dir-lhe-ia que mais do que o suspense em torno de um crime e os seus motivos, esta é a história do poder daqueles que se despem de todas as convenções sociais, arriscando tudo, em prol de um legado capaz de derrubar toda e qualquer barreira. Um legado chamado família.
Chega amanhã às livrarias.
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