A Mulher Nua (Manuel Poppe)

quinta-feira, 17 de maio de 2012


O amor. Bem, o amor eu defino-o exactamente da mesma forma como encontrei este livro. Ali, aninhado entre tantos outros e pelo preço, pequeno, escolhi e apertei-o, fortemente, nas mãos. Um acaso. Levei-o para casa e algo nele me apelava, me chamava. Li-o em meras horas e fiquei com ele, para sempre, porque sim, porque nele havia algo que se colou na alma. O amor não é assim? Não é um tão simplesmente ...  "porque sim?".
Acho tremendamente ridículo as pessoas que desenham, contornam a carvão, testemunham, relatam, provam, e voltam a provar, aqui e ali, essa essência impossível, jamais, de se provar.
Sentimentos. De quem sente. De quem, uma noite, aparece na janela, com asas de anjo e uma promessa, vaga ou não, de te levar para um mundo há tanto desejado e acreditas, ou não, porque amas, e não perguntas porquê. Só sabes que vais, porque amas... porque sim.

Amei este livro. Apenas porque sim.
Apenas porque sim.  Porque sim. Porque sim.

Ao som de: Frou Frou "Hear Me Out"


Sinopse do livro: Uma história que acontece: uma mulher gosta de um homem e ele dela. Nem um nem outro sabem de onde vêm. Ninguém sabe porque é que ama outra pessoa e porque é que se entrega a ela. Ninguém conhece o outro. O passado, a vida, a maneira de ser de cada um pertence-lhe. É sua. Ninguém tem nada com isso. Cada um é livre. Mas, às vezes, todos se oferecem. Amam? Estão fartos de estar sozinhos? Esperam alguma coisa? Ou as coisas empurram-nos, obrigam-nos a partilhar o que sentimos? Queremos ir além da monotonia dos nossos dias, do tédio, das obrigações, e queremos viver uma paixão, que nos devolva a pureza? Essa é a história de "A Mulher Nua", a história de Greta e de Giacomo.




Manuela (Philippe Labro)

quarta-feira, 9 de maio de 2012

O espelho reflecte uma ingratidão. Uma imagem que em nada corresponde às imagens das revistas cor-de-rosa. Tão desejadas, tão cobiçadas.
Esta é a história de Manuela, uma adolescente, entre tantas outras. Uma Manuela que não encaixa num Mundo grande e pequeno demais, onde as questões são amplas e as respostas estreitas. Onde nada do que realmente quer se alcança, e o que realmente alcança, não quer assim tanto.
Mas afinal, o tempo passa e têm razão quando dizem que pode transformar. Existem certos momentos, capazes e fortes, que transformam. Ela não fala do corpo, se bem que lhe agrada mais no seguimento dessa sua força de espírito. Vinda não sabe bem de onde. Uma conjugação feliz? Talvez. Amadurecimento de uma maçã? Não sabe explicar. Sabe apenas que nada, antes daquele Verão tão quente para a alma, jamais será igual.


Este é um livro centrado na famosa fase da adolescência. Tão temida por pais e, sejamos francos, pelos próprios adolescentes. Haverá momento na vida em que o nosso coração seja tão colocado à prova, ou melhor, esteja tão verdadeiramente indefeso?

Um livro leve. Bonito. Um comboio em direcção ao tempo da adolescência. Uma saudável regressão.

Ao som de: That's what you get (Paramore)


Sinopse da www.wook.pt: Um romance surpreendente, este, em que uma jovem de 17 anos fala na primeira pessoa, numa voz íntima e fluida que, na simplicidade da sua enunciação, pressupõe um engenho de extraordinária subtileza. É que o seu autor é na realidade um homem a quem a juventude fascina, sobretudo nesta transição entre o que já não é propriamente adolescência nem idade adulta. Manuela é uma rapariga que se encontra no final dos seus estudos secundários (ela está convencida de que vai falhar os exames finais), com um futuro em aberto, com muitas interrogações sobre o mundo dos adultos, que ela olha sem complacência, uma "criança-mulher" descrente das suas qualidades, que se julga pouco interessante e que ainda não entrou numa certa estatística que diz que pelo menos nove décimos das jovens francesas da sua idade já tiveram a primeira experiência sexual... Manuela tem amigas, interroga-as interminavelmente - elas que já entraram na estatísticas, mas é exigente e, porque não admiti-lo?, bastante romântica. Sensível à poesia, à beleza das coisas e dos seres, é uma apaixonada pela pureza das emoções! O autor segue-a através de toda uma estação, desde a Primavera perfumada pelas tuberosas, passando pelas idílicas férias no Mediterrâneo, até à rentrée que para Manuela significará uma escolha já adulta. 

BEIJA-MIM (Jorge Araújo)

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Angústia. A promessa do primeiro beijo surge forrada pela angústia do não saber. De não estar preparado para aquele momento, um momento que se adivinha mágico, para sempre colado nas memórias mais belas. Mas... como se dá um beijo? Eis uma coisa que os livros não ensinam, e que me aflige, que me deixa a suar, que me dá fortíssimas dores de cabeça, pesadelos, quando o sono vence, depois de muito pensar durante a noite...
Como se dá um beijo? Como vou surpreender a minha Pureza? A minha Princesa? Um beijo é feito de questões? Um beijo é feito de um momento? São lábios que se colam e congela aquele momento, para sempre? É não ter explicação? É só um grande «porque sim» movido pela força do coração?
Este livro de Jorge Araújo é feito de ternura. Pequenino, que se lê em meras horas, deixa aquela sensação de ternura, doçura pelo tempo pequenino, onde tudo é grande, onde tudo tem uma dimensão gigantesca, onde o coração assume todos os gestos.
E como tão bem o Zé da Guiné respondeu ao Benjamim: um beijo é dado com o ... coração :)

Lindo. Vale mesmo a pena. Aquece o coração.

Ao som de: Kiss me (Sixpence None The Richer)

 
Sinopse do livro pela www.wook.pt: Benjamim tem doze anos e a promessa do primeiro beijo. Aos poucos, descobre que beijar é uma arte. Mais difícil de aprender do que as lições de matemática. Em casa, ninguém o pode ajudar, há muito que os pais vivem divorciados de afectos. Na rua, não encontra nenhuma lição, os amigos só conhecem conquistas de bandido. No gueto, o amor nunca é prioridade.
Aproxima-se o momento mais importante da sua vida e Benjamim está sozinho. O primeiro beijo é aquele que fica para a história, que se atrela à memória. Ele quer estar à altura, não pode fazer má figura. Mas tem mais dúvidas do que certezas. Um beijo é seco ou molhado? Com língua ou sem língua? De olhos fechados ou abertos? Para que serve o coração?
Beija-Mim é um livro para o público juvenil sobre a importância dos pequenos nadas. A fantasia da inocência, o desassossego da primeira vez. A verdade das palavras. O instante mágico em que a excitação toca a angústia, num fogo-de-artifício de emoções difícil de esquecer.

 
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