Ao abraço da minha vida

sábado, 7 de maio de 2022

Há abraços que são verdadeiras casas.

Há um alpendre por ali que nos recebe na certeza de que chegámos ao lugar certo.

Há uma porta entreaberta e o vislumbre de um chá quente na mesa.

Há um tapete que ladeia a distância do que é e do que está prestes a ser.

Há abraços que são o prelúdio de um beijo em ebulição.

Há abraços que são a confirmação de um destino que, por fim, se cumpre.


2021 em pontuações

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Se 2021 fosse um texto, o meu seria - sem pestanejar - umas reticências transformadas em ponto final. E ao contrário do que possa parecer, pontos finais são bons. São essenciais. São empurrões, não me dirá?

Pense comigo. O que vem a seguir a um ponto final?

Parágrafo. Abre travessão. E fala. E escreve. Quem sabe uma história nova. Quem sabe, resquícios de um tempo que não nasceu para morrer e renasce, agora. Anos e anos depois. E podemos fechar os travessões quando quisermos. Se quisermos. Quem sabe novos parágrafos à espreita, um ponto e vírgula como quem dá o suspense necessário e o tempo de germinação às novas (e boas) histórias.

2021 foi um texto escrito por mim, em primeira mão. Hoje estou de volta, sem reticências, sem parêntesis, sem um guião definido. A vida faz muito mais sentido, sei-o hoje, quando nos aventuramos sem o amparo de uma vírgula que sempre teima em tempos que já não se enquadram, já fora de qualquer contexto.

Que bom, 2021. Minha caneta própria. 

Um brinde a ti. Um brinde ao que vem.


E agora, ao que interessa, voltámos ao mundo dos livros.

Até breve.

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