Vamos definir o mais recente livro de
Afonso Cruz, «Jalan Jalan», como
duas viagens em si mesmo: de dentro para fora, de fora para dentro.
A relevância de uma viagem é inequívoca,
nem merece argumentos em contrário. A mochila às costas, os sapatos
apropriados, a roupa confortável, o essencial que se torna tudo no quase nada que
se leva.
Depois, temos aquilo que a própria
jornada nos oferece: o alimento da experiência como antídoto para almas mais
agitadas, perdidas e descrentes.
A grande raiz que o leitor retirará
deste passeio é, sobretudo, a viagem interior que urge em todos nós. A viagem
que Afonso Cruz nos propõe é, precisamente, essa reflexão interior que mais não
é do que o confronto com o espelho dos nossos anseios. Anseios esses que,
esperemos nós, nos façam saltar para o desconhecido, como a Alice no País das Maravilhas.
«Jalan Jalan» não é, apenas e só, um
livro sobre viagens. Dentro dessa grande máxima, o leitor encontrará
ramificações belas em que a mitologia, a filosofia, a poesia,
o amor, a resiliência e a esperança, assumem o lugar da frente de qualquer
carro ou autocarro em que decida, pois então, aventurar-se a viajar para dentro
de si mesmo.
Um livro desafiador, «Jalan Jalan»,
cujo significado é passear em indonésio, levará qualquer leitor ao reencontro
da sua consciência, esse lugar feito de sonhos (ainda) por cumprir.
Com o apoio:
Boa leitura. Boa viagem.
2 comentários:
Na passada semana estive com o livro na mão, pensei se o compraria ou não ou se ouviria mais algumas opiniões, fiquei com esta opção.
Olá Carlos!
Espero que a minha opinião o tenha ajudado a decidir-se, positivamente, pela leitura deste livro. Gostei muito.
Recomendo.
Boas leituras!
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