«A Rapariga que sabia demais» de M.R. Carey, nas livrarias portuguesas pelas mãos da Editora Nuvem de Tinta (Penguin Random House) é um livro cheio de emoções fortes e originalidade.
Esta é a história de um mundo, tal como o conhecemos, a findar com base numa infeção que transforma as pessoas nos chamados vorazes, capazes de matar e alimentarem-se dos humanos.
Numa base militar, um grupo de humanos tenta encontrar a cura para tal infeção, em ambientes austeros e de enorme ansiedade por parte de todos. Um conjunto de crianças que revela sintomas idênticos aos vorazes mas que, diferente dos outros, ainda detêm capacidade para pensar, sentir e reagir, são o grupo de controlo da Dra Caldwell, investigadora determinada a chegar a um resultado efetivo e em prol da continuidade do mundo como ele sempre se lhe afigurou.
A juntar-se à Dra. Caldwell, temos o sargento Parks e a Psicóloga de Desenvolvimento, Justineau, incapaz de tratar com indiferença o grupo de crianças com as quais estabeleceu uma forte empatia. O ambiente isolado, o tratamento indiferente que lhes é dado, sublinha a necessidade da Psicóloga em estreitar laços com aquelas crianças, independentemente daquilo que são. Do que representam.
E mais do que todas elas, há Melanie. Uma criança que sabe demais. Com uma inteligência prática e emocional fora de normal, Melanie consegue perceber e interpretar as emoções dos adultos na perfeição, bem como a noção clara das suas limitações e da sua estranha condição.
No momento em que uma catástrofe acontece, levando a que todos sejam arrancados da base e atirados para a insegurança das ruas, já nada é seguro. Começa assim, neste livro de M.R. Carey, uma enorme aventura e uma constante luta pela sobrevivência.
O leitor entrará, assim, em lutas inimagináveis, ferozes e vorazes. Acima de tudo, inesperadas. Com o instinto de sobrevivência conectado até ao limite, tudo farão para compreender, para lutar e para chegar ao bom porto das descobertas e da esperança ambicionada, mesmo que assombrada por um passado que não se pode alterar.
Boas leituras.
Um enorme obrigada à Penguin Random House pela oferta.
9 comentários:
Gostei de como está escrito, não gostei de como termina.
Pois... no mínimo, inesperado ;)
"Vorazes"? Tenho que ler...
Boas leituras!
Bejinhos
Uma história distópica mas parece-me mais pela via irrealista do que pelos alertas que caracterizam outras distopias recentes como Oryx e Crake de Margaret Atwood ou Submissão.
Olá Su,
Pois. Vais encontrar uma história, no mínimo, alucinante ;)
Olá Carlos,
Sim, nem mais. Mais irrealista mas ainda assim, capaz de surpreender.
Olá!
Não conhecia este livro. Fiquei curiosa.
Gosto deste género de livros.
Beijinhos e boas leituras
Olá Isaura :)
É interessante. Uma distopia frenética.
Beijinhos e boas leituras!
Obrigada pela sua opinião, da forma como foi escrita. Tomei conhecimento desse livro hoje e corri uns cinco ou seis blogues para ouvir opiniões e nenhum passou da sinopse, o que muito me irritou, pois gosto sempre de saber mais qualquer coisa, para me decidir. E já me decidi, quero ler!
Olá Maria João
Obrigada pela visita, e pelo comentário.
Espero que seja uma ótima leitura :)
Beijinhos
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