O
amor espera. É tensão que agita. Tumulto. Um fazer cair sem cair. Questões sem
resposta. Um amo-te desconhecido. A beleza do ainda por dizer. Olhares que respondem
para dentro. Um abismo de respostas ansiosas para se rebelarem. Agitadas. Contidas
numa classe a quanto obrigas. Escondem beijos por dar. O impacto que terão. O
sentido. O dia a seguir. O depois desse dia. O abraço que se perde no caminho. É
a espera. Não estraga. Não estraga a beleza das coisas pequenas. É o tempo. Para
crescer. Solidificar. Sem ventos fortes ou chuvas fora de tempo. Demolidoras e
intensas. Devastadoras.
O amor tem sempre a classe de um relógio suíço. Certeiro na chegada. Como
raízes pequenas, que crescem na medida dos dias. Crescem. E crescem. E crescem.
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