William Maxwell, conceituado escritor americano, é o autor do livro tido como o "pequeno romance perfeito", pelo Washington Post Book World. Trabalhou com autores igualmente notáveis como, por exemplo, Vladimir Nobokov e John Updike.
Neste pequeno romance perfeito, Maxwell empurra-nos para uma história em que a amizade, o passado, o arrependimento e a nostalgia são pontos assentes e que, somados e misturados, se transformam numa história sem fim, em aberto, como os arrependimentos escuros que nos habitam como nódoas.
Em «Adeus, até amanhã», encontraremos um narrador sem nome, a percorrer sem freio o passado e o presente na angústia de quem perdeu oportunidades. Uma perda seca, desamparada, o momento chave do é ou não é. Não foi, e por muito fragmentado que fosse o tempo dessa oportunidade, o arrependimento dessa não ação, dessa timidez de púbere, ditaria assim a nostalgia a vincar-lhe os dias pela vida fora.
Tudo começa com um crime, ao que dizem, passional.
A amizade entre duas crianças será, posteriormente, colocada em causa quando percebemos que uma dessas crianças é filho do agressor, este, também morto depois pela própria mão.
O crime, o mistério em seu torno, a curiosidade infantil sobre as motivações, os amores apêndices, desajustados e direcionados para quem não seria suposto, criará uma atmosfera de dúvida, incerteza e afastamento.
O amigo, e nosso narrador detalhado, enfrentará ao longo dos anos a mágoa de não se ter dirigido ao amigo, restando apenas as questões que se viraram para dentro. Um grande "e se".
Com base num único acontecimento - um crime - William Maxwell consegue-nos fazer chegar em catadupa um mar de questões que surgem, unicamente, a partir do coração de uma criança atormentada.
Um livro magnífico a comprovar que a simplicidade de uma história a poderá tornar, para sempre, um peso pesado, à semelhança das entranhas emaranhadas de que só o arrependimento é feito.
Para ler e reler.
Tudo começa com um crime, ao que dizem, passional.
A amizade entre duas crianças será, posteriormente, colocada em causa quando percebemos que uma dessas crianças é filho do agressor, este, também morto depois pela própria mão.
O crime, o mistério em seu torno, a curiosidade infantil sobre as motivações, os amores apêndices, desajustados e direcionados para quem não seria suposto, criará uma atmosfera de dúvida, incerteza e afastamento.
O amigo, e nosso narrador detalhado, enfrentará ao longo dos anos a mágoa de não se ter dirigido ao amigo, restando apenas as questões que se viraram para dentro. Um grande "e se".
Com base num único acontecimento - um crime - William Maxwell consegue-nos fazer chegar em catadupa um mar de questões que surgem, unicamente, a partir do coração de uma criança atormentada.
Um livro magnífico a comprovar que a simplicidade de uma história a poderá tornar, para sempre, um peso pesado, à semelhança das entranhas emaranhadas de que só o arrependimento é feito.
Para ler e reler.
Boas leituras,
2 comentários:
Olá, Denise!
É a segunda vez que ouço falar deste escritor em menos de uma semana.
Foi-me recomendado "Vieram como andorinhas".
A espreitar :)
Beijinhos
Olá Beatriz,
Vale a pena!
Beijinhos :)
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