Nocturnos (Kazuo Ishiguro)

quinta-feira, 14 de junho de 2018

 
Kazuo Ishiguro nasceu no Japão, tendo emigrado para a Inglaterra com apenas seis anos de idade. A sua vida foi sempre pautada pela influência destas duas culturas, a última, presente neste conjunto de histórias em «Nocturnos».
 
Provavelmente pelo seu sonho infecundo de ser músico, o autor tornou «Nocturnos» num livro de pequenas histórias em que a música, a necessidade de autoafirmação, o sonho, a amizade e o amor, estão largamente presentes.
 
Ao longo da leitura, teremos a oportunidade de conhecer, através das diferentes histórias, personagens com pontos comuns, a ligarem-se lá mais à frente ou, simplesmente, a tecer semelhanças nisso que chamamos viver pelo que se ama, alcançar os sonhos arquitetados na infância.
 
Todas as personagens refletem, desse modo, um vazio de quem ainda vive na esperança, seja através da música que se toca nas ruas, ao tema fulcral que decidirá a carreira musical, seja pela aprendizagem imitada da vida de alguém mais velho, com mais histórias para contar.
 
Apesar de considerar o tema interessante, assim como a envolvência de todas as personagens com a música, a escrita do autor não me fascinou. É uma escrita direta, alguns ornamentos desnecessários e, no fim, a empatia com as personagens não é imediata.
 
Não ficarei por aqui. Vou resgatar outros livros de Ishiguro da estante e, quem sabe, um dia mais tarde, comente um livro seu completamente rendida. Vamos ler.
 
 
 
Boas leituras,

2 comentários:

Beatriz disse...

Denise! :)

Há 5/6 anos li "The unconsoled" e "When we were orphans", embora não tenha detestado também não adorei. Algumas frases boas, mas que só me deixaram morna.
Aparentemente, o Comité aprecia tepidez - ou quis agradar a uma maioria e não criar ondas depois de Dylan - tudo uma questão de gosto e opinião.

Beijinho e bom fim-de-semana.

Denise disse...

Olá! :)

Sim, é uma questão de gosto claro mas, pessoalmente, ainda não estou nada convencida. Tenho intenção de ler mais livros dele para definir a minha opinião, ainda muito trémula ;)
Beijinho Beatriz e um ótimo fim-de-semana!

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