Não conseguimos alcançar uma rede
como a deles.
Em nós a vida acontece num
corrupio agitado, feliz, de quem conta as horas ausentes.
Tens o cheiro dos Domingos, seja
Segunda, seja Terça.
Não conseguimos alcançar uma rede
como a deles.
Eles que mostram segmentos rotineiros
de vidas, aparentemente felizes. Há um tempo para tudo lá, desde a cozinha
tradicional ao novo corte de cabelo. Há também espaço para ovações de uma vida
espiritual rica, consistente, de mão dada com o coração sempre sintonizado. Na
rede. Sintonizado na rede.
Onde é que eu ia? Nós: as horas
passam e o entusiasmo cresce na medida da ausência que morre, cada vez mais
próxima de ti. Para te tornar a ver, com olhos de ver. É o chegar a casa, a
reclamação do sofá, da almofada, do gato que nos mia. Também ele te reclama.
Os livros caem no chão.
Sem arnês. Sem redes.
Como nós.
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