«Anjos», o aclamado primeiro romance de Denis Johnson, é um livro escrito à mão da violência.
Jamie Mays, uma das personagens centrais do livro, é uma mulher que decide fugir do marido que a traiu, levando consigo as duas filhas menores. Será numa viagem de autocarro que, na imprevisibilidade de Deus, do destino ou do que lhe queiramos chamar, conhecerá Bill Houston. Este homem, ex-oficial da marinha, traz também com ele a sombra de um divórcio mal resolvida. Já esteve preso, levando uma obscura e secreta vida que o coloca sempre na margem da sobrevivência.
Essa será, também, a nova vida de Jamie. O amor improvisado ganha contornos nesta que é uma relação, eu diria, acomodada às circunstâncias tão similares de ambos. São duas pessoas que acabam unidas pelos seus próprios demónios, numa procura de um anjo capaz de lhe levar tamanho desespero.
É também o desespero a grande marca neste primeiro livro do autor (falecido em 2017). Todas as personagens vivem aqui num desespero comum. O desespero da não aceitação, da peça fora do jogo, da carta fora do baralho. Desespero e desamparo são duas formas de retratar, cruamente, estas personagens que apenas parecem encontrar solução no mundo obscuro do crime.
De forte impacto, escrito de forma irrepreensível, «Anjos» é um livro capaz de nos fazer reflectir sobre a tendência desesperada de sucumbir à violência como a única resposta possível ao medo de ser e estar num mundo que não se ajusta.
Jamie Mays, uma das personagens centrais do livro, é uma mulher que decide fugir do marido que a traiu, levando consigo as duas filhas menores. Será numa viagem de autocarro que, na imprevisibilidade de Deus, do destino ou do que lhe queiramos chamar, conhecerá Bill Houston. Este homem, ex-oficial da marinha, traz também com ele a sombra de um divórcio mal resolvida. Já esteve preso, levando uma obscura e secreta vida que o coloca sempre na margem da sobrevivência.
Essa será, também, a nova vida de Jamie. O amor improvisado ganha contornos nesta que é uma relação, eu diria, acomodada às circunstâncias tão similares de ambos. São duas pessoas que acabam unidas pelos seus próprios demónios, numa procura de um anjo capaz de lhe levar tamanho desespero.
É também o desespero a grande marca neste primeiro livro do autor (falecido em 2017). Todas as personagens vivem aqui num desespero comum. O desespero da não aceitação, da peça fora do jogo, da carta fora do baralho. Desespero e desamparo são duas formas de retratar, cruamente, estas personagens que apenas parecem encontrar solução no mundo obscuro do crime.
De forte impacto, escrito de forma irrepreensível, «Anjos» é um livro capaz de nos fazer reflectir sobre a tendência desesperada de sucumbir à violência como a única resposta possível ao medo de ser e estar num mundo que não se ajusta.
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